OBJETIVO: Avaliar a tromboprofilaxia em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODOS: Estudo de caráter quantitativo, transversal e retrospectivo, baseado na observação da classificação da escala de Pádua, das prescrições, das evoluções médicas e farmacêuticas disponibilizadas nos prontuários eletrônicos de pacientes internados de 5 de junho a 25 de dezembro de 2022. RESULTADOS: Foram analisados 12 pacientes. Dentre esses, 25% apresentaram conformidade em relação aos critérios de Pádua e à prescrição, enquanto 75% não estavam em conformidade. Destes, 50% foram submetidos à TQT com anticoagulante, 41,66% estratificados como baixo risco com profilaxia medicamentosa e 25% alto risco sem profilaxia. Encontraram-se 21 intervenções farmacêuticas, das quais 9,52% relacionadas à anticoagulante. Constatou-se a HNF como anticoagulante mais prescrito. CONCLUSÃO: O estudo possibilitou evidenciar a conformidade total em três pacientes (25%) e não conformidade em nove (75%). Observou-se ação da farmácia clínica com recomendações farmacêuticas variáveis para otimização da farmacoterapia, além da utilização dos medicamentos nas doses e frequências de acordo com o preconizado na literatura. Tendo em vista que o tromboembolismo venoso pode debilitar a qualidade de vida dos indivíduos, aumentar sua permanência hospitalar e gerar maiores gastos hospitalares, a profilaxia adequada pode beneficiar e diminuir impactos negativos ao paciente.

Resumo OBJETIVO: Descrever as notificações relacionadas a vancomicina ou suspeitas, relacionado a nefrotoxicidade em 2022, pelo sistema de farmacovigilância do Brasil (VigiMed). MÉTODOS: Estudo transversal descritivo retrospectivo das notificações de eventos adversos à vancomicina, associadas a nefrotoxicidades, realizadas no sistema VigiMed, no ano de 2022. Os dados foram selecionados, atenderam aos requisitos: período do ano de 2022, todas associadas à vancomicina e termos que caracterizassem nefrotoxicidade. As variáveis analisadas foram: sexo, notificação por profissional, região do Brasil. Os dados coletados foram expressos por meio de frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: De 777 notificações realizadas à vancomicina, apenas 44 notificações eram relativas as nefrotoxicidades, deste total, 22 notificações haviam uso concomitante a outros medicamentos, em sua maioria outros antibióticos. Não houve discrepância das notificações entre homens e mulheres, 52,38% e 47,62% notificações, respectivamente. As regiões norte do Brasil não houve registro de notificação neste período e região Sudeste foi a que mais houve notificações. O perfil dos notificadores em sua maioria estão os farmacêuticos com 80,95% e outros profissionais de saúde com 14,29%, onde suas profissões não foram identificadas. CONCLUSÃO: Os profissionais possuem informações insuficientes de eventos adversos e acesso aos sistemas de notificação, contribuindo para as subnotificações destes eventos. Ações que promovem os conhecimentos sobre os EAM e dos serviços de farmacovigilância, fortalecem o sistema de notificação, com base nestas informações obtidas pelo sistema que é possível adotar medidas adequadas de controles e aprimorar protocolos.

OBJETIVO: Verificar se houve orientação farmacêutica para os pacientes que receberam receituário de alta contendo enoxaparina nos setores da ortopedia e clínica cirúrgica de um hospital geral de grande porte na cidade de São Paulo e sua influência na adesão ao tratamento. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. A coleta de dados foi realizada através de prontuários eletrônicos. Foram selecionados pacientes que receberam prescrição de enoxaparina no momento da alta e verificou-se o registro de orientação farmacêutica. Em uma segunda fase verificou-se se estes pacientes retiraram a medicação no sistema único de saúde. E por fim, se houve retorno desses pacientes na instituição com alguma queixa relacionada ao medicamento. RESULTADO: Foram analisados 50 prontuários com prescrição de enoxaparina no momento da alta. Em 52% dos prontuários constava que os pacientes receberam orientação farmacêutica. Do total de 50 pacientes, 76% retiraram a medicação na unidade básica de saúde. Somente 6% retornaram devido a uma reação adversa, ou por não saber usar a medicação, ou por desenvolver TEV (tromboembolismo venoso). CONCLUSÃO: Os pacientes que receberam orientação farmacêutica na alta hospitalar não apresentaram relato de TEV ou dúvidas sobre o tratamento, o que evidencia a importância da orientação de alta realizada pelo farmacêutico clínico para os pacientes que necessitam de tromboprofilaxia estendida, contribuindo ativamente para segurança do paciente e efetividade do tratamento.

OBJETIVO: Avaliar o conhecimento pré e pós treinamento após implantação do protocolo de estimulação sensório motora na UTIN. MÉTODOS: Estudo prospectivo na UTIN do HGG durante o mês de novembro, com fisioterapeutas atuantes dos períodos manhã, tarde e noite. Foi aplicado um questionário pré e pós treinamento sobre a prematuridade e ESM. Para análise dos resultados foi avaliado a porcentagem de erros e acertos dos participantes RESULTADOS: A amostra foi composta por 13 fisioterapeutas. De modo geral, a pontuação entre o pré e pós treinamento mostra que estes são uteis na capacitação de profissionais com possíveis problemas que podem ser ajustados na forma como são aplicados. CONCLUSÃO: Foi possível verificar melhora geral do conhecimento adquirido dos profissionais participantes. A sobrecarga de trabalho e plantões pode ter atrapalhado no processo de aquisição de conhecimento, o que reforça que esses eventos precisam ocorrer, mas, com abordagens diversificadas e programadas, para de fato contribuir para que os profissionais obtenham mais segurança na realização da ESM dos pacientes na UTIN.

Resumo OBJETIVO: Este estudo tem o objetivo identificar a prevalência da síndrome de abstinência em crianças após o uso de sedativos e analgésicos, os fatores associados e o papel do farmacêutico clínico. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de caráter observacional, transversal, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa, através de amostra de conveniência e análise secundária dos dados. Por meio de consulta em prontuários eletrônicos de crianças admitidas na unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital de ensino na zona sul de São Paulo, entre os meses de abril de 2022 e abril de 2023, que necessitaram de terapia sedativa e analgésica, internados por período maior que 24 horas. RESULTADOS: A síndrome de abstinência ocorreu em 65% dos pacientes internados, a maior parte presente na faixa etária entre 0 e 12 meses (69,23%), que fizeram uso do analgésico opioide fentanil (65,38%), e a associação de midazolam, cetamina e dexmedetomidina (42,31%) como medicamentos para sedação. Todos os pacientes utilizaram metadona e lorazepam para desmame (57,69%). Observou-se que os pacientes com diagnóstico de síndrome de abstinência, foram os que utilizaram sedativos e analgésicos por maior período (média de 13 dias) e permaneceram maior número de dias na UTIP, média de 18,3 dias. CONCLUSÃO: Faz-se necessárias discussões de estratégias de monitoramento e prevenção, reavaliação constante da farmacoterapia empregada para sedação e analgesia, e participação mais ativa do farmacêutico clínico para gerenciamento adequado do uso destes medicamentos.

Resumo OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo avaliar a percepção de acadêmicos de cursos da saúde sobre a manutenção de práticas que acentuam iniquidades em saúde durante a comunicação com o paciente. MÉTODOS: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Santo Amaro (nº 5.358.167). Os resultados foram obtidos por meio da aplicação de questionários eletrônicos a acadêmicos de cursos de graduação em áreas da saúde sobre impressões e conhecimentos a respeito da percepção da oferta do tema no ensino, de capacidades de atendimento e de comunicação adequados com pacientes pertencentes a grupos sociais vulneráveis, como LGBTQIAP+, pessoas que vivem com HIV/Aids, pessoas em situação de rua e populações negra e idosa. RESULTADOS: Foram obtidas 189 respostas, sendo 82,9% provenientes de estudantes de medicina. Conforme os resultados deste estudo, é possível observar que, conforme percepção de mais de 95% dos participantes, a comunicação é essencial para o atendimento médico e 83,9% consideram necessário que a comunicação seja adequada às complexidades individuais e coletivas de populações de cenários específicos. Contudo 64,1% dos participantes consideram que as escolas médicas pouco preparam o futuro profissional de saúde para as complexidades de demandas em saúde presentes na sociedade. CONCLUSÕES: Apesar de 95% dos participantes considerarem que a comunicação é essencial para um atendimento médico, apenas 35,7% dos futuros profissionais de saúde acreditam que são preparados ao longo da graduação para prestar tal atendimento a indivíduos historicamente vulneráveis e sujeitos a variados determinantes em saúde.

Resumo OBJETIVO: Verificar a percepção da equipe multiprofissional sobre o papel do fisioterapeuta no serviço de emergência de um hospital de referência na zona sul de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal, com questionário (forms), composto de questões objetivas e evocação de palavras a partir de termo indutor, em uma equipe multiprofissional que trabalham no setor de urgência e emergência de um hospital referência da zona sul de São Paulo. RESULTADOS: Amostra composta por 43 profissionais, maioria mulheres de categorias profissionais distintas, 28 funcionários do hospital e 15 residentes de programas diversos. Dados mostram que 97,7% dos profissionais da equipe visualizam a inserção do fisioterapeuta na urgência e emergência. E, nas evocações espontâneas, a partir do tema indutor, a “percepção de valor da intervenção” do profissional no campo apareceu em destaque. CONCLUSÃO: De forma geral há uma boa percepção do fisioterapeuta na urgência e emergência, muito ligada às técnicas e manejos da área. Ao mesmo tempo que se observou divergências sobre as atribuições e competências exclusivas e não exclusivas do fisioterapeuta, inclusive atribuindo ações que não regulamentadas pelo Conselho de Fisioterapia.