Principais fatores para o reganho de peso após cirurgia bariátrica: revisão de literatura | | Author : Isabelle Geraldini, Bernardo Mazzini Ketzer | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Identificar e relacionar os principais fatores que contribuem para o reganho de peso após a cirurgia bariátrica. MÉTODOS: Revisão de literatura, a base de dados utilizada foi PubMed, com artigos publicados nos últimos 5 anos (2018-2023), utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e operador booleano: ((Cirurgia bariátrica) AND (Reganho de peso)). Selecionados para leitura 71 estudos, e destes 15 para compor a revisão, baseados nos critérios de inclusão e exclusão. RESULTADOS: Os fatores importantes para o reganho de peso ou perda de peso insuficiente são pacientes com idade elevada, sexo masculino, Índice de Massa Corporal (IMC) elevado pré-operatório, distúrbios psiquiátricos e com presença de comorbidades. Após o período de platô da perda de peso exige-se que os pacientes adotem medidas restritivas, modificações comportamentais e nutricionais a longo prazo. Um estudo observou que mais de 76% dos pacientes submetidos à gastrectomia vertical tiveram reganho de peso significante após seis anos. CONCLUSÕES: É possível concluir que a cirurgia bariátrica é o principal tratamento para obesidade. Contudo, para manter os benefícios do procedimento é de suma importância o acompanhamento multidisciplinar (equipe médica, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos). |
| A diferença de gênero e idade na prevalência de depressão em adolescentes | | Author : Victória Costa, Isabella Paschoal Costa, Yára Juliano, Teresa Negreira Navarro Barbosa | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
Introdução: A adolescência (dos 12 aos 18 anos) é marcada por diversas mudanças, tornando os adolescentes mais suscetíveis ao desenvolvimento de depressão. Dado que a depressão é uma doença multifatorial em contínuo crescimento, é necessário entender os fatores que influenciam na prevalência da doença. Metodologia: Estudo observacional transversal com levantamento de prontuários com PHQ-9 de adolescentes de 12 a 18 anos de ambos os sexos atendidos no ambulatório de Hebiatria no Complexo de Saúde Dr. Wladimir Arruda 2, de janeiro de 2023 a dezembro de 2023. Os dados foram tabulados e aplicados nos seguintes testes: Prevalência, Qui-quadrado e Kruskal-Wallis. Resultados e discussão: Foram analisados 113 prontuários, sendo 58 meninos e 55 meninas. A prevalência total de depressão foi de 69,2%, a porcentagem das meninas corresponde a 85% e dos meninos 54% (PHQ-9 = 5). Por fim, observou-se que não há uma faixa etária predominante para o desenvolvimento da doença. Conclusão: A nossa pesquisa foi compatível com a literatura estuda no que se refere às meninas possuírem prevalência maior de depressão, não foi provado relação entre as diferentes faixas etárias estudadas e a classificação de risco para a depressão. |
| Características clínicas e prevalência de infecção esquistossomótica no Brasil: estudo ecológico exploratório | | Author : Joana Darc de Oliveira, Simone Santos Correia, Victória Katlyn Rodrigues de Oliveira, João Henrique de Morais Ribeiro | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Descrever e analisar as características clínicas e a prevalência de infecção esquistossomótica no Brasil segundo unidades de federação nos últimos quatro anos. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo ecológico exploratório, de múltiplos grupos, com dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação disponibilizados pelo Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde. (TabNet). Os dados foram processados utilizando as ferramentas Microsoft Excel® para tabulação, Jamovi® para análise descritiva e QGIS® para confecção dos
mapas de casos novos. RESULTADOS: Evidenciaram- se 13.575 casos notificados entre 2019 e 2023 com predomínio para as regiões Nordeste e Sudeste, destacando Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e São Paulo. Majoritariamente foram acometidos pela doença homens, na faixa etária de 20 a 59 anos, pardos, que apresentaram a forma hepatointestinal e evoluíram para a cura. A prevalência durante o período se manteve abaixo de 2 casos por 100 mil habitantes indicando melhorias nas condições de vida e saneamento da população. CONCLUSÃO: A esquistossomose mansônica ainda permanece como uma questão relevante de saúde pública no Brasil, exigindo ações e investimentos nas condições sanitárias, na educação em saúde e no acesso aos serviços de saúde, para que assim seja reduzido seu impacto e sua prevalência no Brasil. |
| Percepção populacional sobre o campo de ação do Sistema Único de Saúde | | Author : Isabella De Avellar Ramos, Victória Costa, Maitê de Paula Capuano , Ryan Emiliano da Silva, Paula Yuri Sugishita Kanikadan | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, com seus princípios doutrinários de universalização, equidade e integralidade. Nele há a execução de ações de vigilância, gestão e atenção à saúde, visando atingir todos os graus de prevenção. Contudo, a percepção da população sobre os serviços oferecidos ainda é limitada. OBJETIVO: Verificar o grau de percepção dos usuários atendidos em um projeto de extensão a respeito do campo de ação do SUS. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado a partir da coleta em um projeto de extensão com 167 respostas de um questionário contendo determinantes socioeconômicos e serviços que fazem ou não parte do SUS. Posterior aplicação do método de quartis para análise dos níveis de conhecimento populacional. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Há baixo conhecimento populacional sobre vigilância, prejudicando seu desenvolvimento e financiamento. Há maior entendimento sobre os serviços de atenção nos três níveis de complexidade, com destaque para a primária. A gestão é de conhecimento médio e enfrenta barreiras regionais e burocráticas. As políticas Nacional de Educação em Saúde e de Educação Popular em Saúde são essenciais para melhorar o conhecimento populacional e promover participação ativa na gestão de sua saúde. CONCLUSÃO: Percebe-se compreensão desigual dos serviços do SUS, com áreas como vigilância e gestão sendo menos conhecidas, afetando seu desenvolvimento e financiamento, e deixando maior foco na área de atenção. O fortalecimento de políticas de educação em saúde pode auxiliar no aumento do conhecimento populacional sobre seus direitos e serviços disponíveis. |
| Estudo epidemiológico das características socioeconômicas da sífilis em gestantes no Município de São Paulo | | Author : Ana Sophia Diniz Negri, Marcelo Andreetta Corral | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Analisar a incidência de sífilis em gestantes a partir de dados notificados. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional longitudinal sobre sífilis no município de São Paulo nos anos 2019-2023, usando as variáveis de raça, escolaridade e idade. Os dados foram retirados da plataforma DataSus, pelo Tabnet e pelo Boletim Epidemiológico de HIV/ AIDS do Estado de São Paulo. RESULTADOS: O estudo analisou dados de sífilis gestacional em São Paulo, destacando que, nos anos de 2019 a 2023, houve uma variação de 45 a 50% de casos entre mulheres pardas, de 33 a 35% em brancas e de 13 a 15% pretas. Mulheres amarelas e indígenas representaram menos de 1%. Cerca de 60% das notificações envolveram mulheres não brancas. Surpreendentemente, a maioria dos casos ocorreu em mulheres com ensino médio completo (de 31 a 43%), contrariando a expectativa de maior prevalência entre as menos escolarizadas. Esse dado reflete mudanças no perfil socioeconômico das gestantes, indicando falhas na educação sexual e maior exposição à infecções sexualmente transmissíveis entre mulheres mais instruídas. Em termos etários, de 74 a 82% dos casos afetaram mulheres de 20 a 39 anos, seguidas pelas mulheres de 15 a 19 anos (de 15 a 23%). A reinfecção por sífilis destaca a necessidade de envolver os parceiros no tratamento. Além disso, falhas no preenchimento das fichas de notificação limitam a análise. CONCLUSÕES: A sífilis é multifatorial, exigindo ações educativas e preventivas abrangentes, incluindo a inclusão de parceiros no pré-natal e melhorias na coleta de dados, para conter essa epidemia silenciosa. |
| Análise epidemiológica da violência sexual contra gestantes no Município de São Paulo nos últimos 10 anos | | Author : Guilherme França da Silva, Ana Caroline Domingues de Souza, Isa Laura Santos, Pablo Lorran Pereira Santos, Maria Eduarda Domingues Rozenti, Daniela Cristina Montes, Cintia Leci Rodrigues | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico da violência sexual contra gestantes no município de São Paulo. MÉTODOS: Estudo epidemiológico realizado a partir do TabNet São Paulo, considerando informações referentes à violência sexual contra gestantes no município de São Paulo, 2015 a 2024, correlacionando as variáveis trimestre gestacional (TG), escolaridade, faixa etária, raça e prefeitura regional. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período analisado, 3.523 gestantes foram vítimas de violência sexual. A maioria era de raça branca (41,81%), seguida por pardas (37,25%) e pretas (16,30%), sugerindo sub notificação entre minorias étnico-raciais. Aproximadamente 61,22% das vítimas possuíam de 20 a 34 anos, seguido de 35 a 49 anos (14,95%), 15 a 19 anos (14,54%), 10 a 14 anos (9,16%) e 50 e 64 anos (0,12%), indo ao encontro da faixa do pico de fertilidade feminina. Apenas 30,86% possuíam ensino médio completo, seguido de educação superior completa (11,25%), ensino fundamental completo (5,39%) e analfabetas (0,43%), um importante fator de comprometimento social e interpessoal nas relações. Ademais, 72,35% dos casos ocorreram no 1° TG, período de maior risco materno-fetal, seguido do 2° TG (16,95%) e por último, o 3° TG (6,995%). Limitações, como a alta taxa de campos ignorados no TabNet, prejudicaram a precisão das análises em dados de localização, com mais de 70% dos dados em branco. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciam um maior número de notificações de violência sexual contra gestantes na faixa etária de 20 a 34 anos, de maioria branca ou parda, e com prevalência em mulheres com ensino médio completo ocorridos no 1° TG. Nota-se a urgência de políticas públicas direcionadas à proteção de gestantes, com foco na identificação de casos. |
| Disparidades regionais na mortalidade por câncer de colo de útero entre os anos de 2013 e 2022 | | Author : Marcelo Bandeira Soares Filho, Débora Driemeyer Wilbert | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Identificar a taxa de mortalidade por câncer de colo do útero (CCU) nas regiões brasileiras entre 2013 e 2022. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo baseado em dados secundários disponibilizados pelo Atlas Online de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA) sobre CCU (CID C53). As taxas de mortalidade, por 100.000 habitantes, foram analisadas por estados e regiões do Brasil. A faixa etária mais acometida também foi incluída na análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De 2013 a 2022, ocorreram 62.175 óbitos por CCU, sendo em 2022 registrando a maior frequência absoluta (n=6.983). O estado do Amazonas apresentou a maior taxa ajustada (13,81 óbitos/100.000), seguido por Amapá (9,93) e Maranhão (9,66), na somatória dos anos. Já São Paulo (3,98) e Minas Gerais (4,05) tiveram as menores taxas. A região Norte liderou com a maior taxa (9,38), enquanto o Sudeste teve a menor (4,52). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, com 13.477 óbitos, seguida pelas de 40 a 49 anos (12.422) e 60 a 69 anos (11.840). CONCLUSÃO: A mortalidade por CCU no Brasil revela disparidades regionais significativas, com destaque para o Norte. Fatores como acesso limitado à saúde e desigualdades socioeconômicas reforçam a necessidade de ampliar a vacinação contra o papilomavírus humano, rastreamento e educação em saúde. |
| Trauma hepático nos exames de ultrassonografia e tomografia computadorizada | | Author : Eduardo Barcellos Tolentino, Leonardo de Souza Piber | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVOS: Identificar os principais achados imaginológicos na ocorrência de trauma hepático pelos exames de USG e TC. METODOLOGIA: Revisão de literatura com imagens radiológicas para identificação da morfologia anatômica com estudos publicados nos últimos 17 anos (2007-2024). A estratégia de pesquisa inclui as bases Pubmed e Scielo, com os descritores, ((trauma hepático) AND (ultrassonografia) OR (tomografia computadorizada)). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre os achados de trauma abdominal contuso e penetrante, foram encontrados relatos de caso com hematomas e lacerações hepáticas, biliomas e abscessos. Os graus de lesões mais encontrados foram de lesões graus I, II e III. Ocorre com maior frequência em homens jovens, em concordância com outros estudos, devido ao homem estar mais suscetível à eventos traumáticos por comportamentos de risco. CONCLUSÃO: Com o avanço dos exames de imagem como a TC e o USG, o tratamento conservador tornou-se possível para pacientes estáveis com trauma hepático contuso, o que reduz laparotomias desnecessárias. Os pacientes submetidos à tratamento cirúrgico são aqueles com maior gravidade do trauma e de lesões associadas. |
| Piora na qualidade de vida de pacientes com DPOC expostos a partículas PM2.5 da poluição | | Author : Letícia Nardin Coimbra, Paola Armbruster de Araújo, Paulo Rogério Scordamaglio | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Analisar a relação entre a exposição a partículas finas PM2.5 e a qualidade de vida de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). METODOLOGIA: Revisão sistemática de literatura nas bases PubMed, Scopus e MEDLINE, com artigos publicados entre 2014 e 2024, contendo baixo risco de viés, por ser uma revisão de alta confiança, de acordo com o AMSTAR-2. A pesquisa seguiu o modelo PICO e considerou estudos que relacionassem a exposição a PM2.5 RESULTADOS: A revisão incluiu 21 artigos, destacando que a exposição prolongada às PM2.5 agrava os sintomas da DPOC, acelera sua progressão, aumenta as hospitalizações e piora a qualidade de vida. Os pacientes expostos apresentaram maior limitação física, mais exacerbações e maior risco de mortalidade. Além disso, houve impacto na saúde mental, com aumento nos níveis de ansiedade e depressão. CONCLUSÃO: A exposição a partículas PM2.5 afeta significativamente a qualidade de vida de pacientes com DPOC, piorando tanto os aspectos físicos quanto psicológicos. Políticas de controle da poluição são cruciais para minimizar esses impactos e melhorar a saúde pulmonar e reduzir a incidência e gravidade das doenças pulmonares crônicas. |
| Miocárdio não compactado e atividade física: uma revisão sistemática de estudos de casos | | Author : Mariana Cerne Aufieri, Edinaldo Jorge Piedade Malheiros | | Abstract | Full Text | Abstract :Resumo
OBJETIVO: Verificar se a atividade física é recomendada para praticantes de atividade física portadores de miocárdio não compactado (MNC). MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática de relatos de caso publicados entre 2010 e 2024 nas plataformas Pubmed e Scielo, relacionados com o tema do presente estudo. Para garantir maior confiabilidade e qualidade do estudo, foi aplicada a metodologia PRISMA. RESULTADOS: Dos 684 artigos encontrados, apenas dez pertenceram à amostra final. Dos 10 praticantes, 60% eram do sexo masculino, atletas amadores e sintomáticos. Os sintomas apresentados durante ou após o exercício físico foram dor torácica, palpitações, síncope e dispneia. A idade média foi de 24,3 anos e a fração de ejeção variou de 32 a 65%. Terapias anticoagulantes e implantação de desfibriladores foram vistas em quatro estudos (40%). A evolução dos casos estudados foi positiva, com exceção do único óbito; dos 9 pacientes vivos, apenas 1 foi suspenso da prática de atividade física devido ao quadro clínico e história familiar importante. CONCLUSÃO: Atletas profissionais com MNC não deveriam ser liberados para a prática competitiva devido a escassez de estudos que comprovem a segurança do exercício físico de carga horária e esforço físico elevados, garantindo que ele não venha a ter consequências irreversíveis da doença. Por outro lado, praticantes amadores podem ser liberados para a prática esportiva desde que estejam assintomáticos, com fração de ejeção preservada e sem antecedentes de eventos cardiovasculares. |
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